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A rastreabilidade na cadeia produtiva dos lácteos é a garantia da qualidade e segurança dos alimentos produzidos pelo processamento do leite.

Os atributos intrínsecos dos derivados lácteos levam os consumidores à incompreensão da importância das ações pela segurança do alimento e a posturas céticas em relação aos padrões de qualidade estabelecidos pelos agentes privados, governo e consumidores, quase sempre desconectados.

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Fonte: www.auroraalimentos.com.br

Garantir a saúde e segurança do consumidor devem ser os objetivos primordiais da implementação da rastreabilidade além da atribuição de maior competitividade aos produtos, seja pelas exigências sanitárias ou pelas certificações de qualidade. (Martins e Lopes, 2003, citado por Conchon e Lopes , 2012)

O FDA (Food and Drug Administration), ainda sob o impacto do atentado às Torres Gêmeas, em 2001, editou a Lei de Segurança Pública e de Preparação e Reação ao Bioterrorismo, estabelecendo que o órgão devesse receber antecipadamente informações sobre a origem dos alimentos, inclusive os importados (RASTREABILIDADE 2007, citada por Conchon e Lopes, 2012).

A rastreabilidade aplicada à cadeia produtiva de lácteos contempla todos os seus elos, garantindo a interligação dos mesmos nos dois sentidos: no sentido granja / consumidor (produção) ou no sentido consumidor / granja (informações).

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Fonte: agrofit.com.br

As exigências se acentuaram a partir de janeiro de 2005, com a obrigatoriedade determinada pela União Européia de rastreabilidade de produtos agroalimentares (Regulamento CE 178/2002), desde seu nascedouro, passando pelo processo de transformação, produção e armazenagem, até a distribuição, fornecendo informações que permitissem a identificação e rastreamento de todos os alimentos (RASTREABILIDADE 2007, citada por Conchon e Lopes, 2012).

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Fonte: www.auroraalimentos.com.br

A implantação da rastreabilidade traz inúmeros benefícios ao sistema, pois permite rápida identificação e retirada de produtos em caso de riscos à saúde; dá ao consumidor a oportunidade de escolher empresas pelas ações de responsabilidade social e ambiental; promove uma maior competição entre os produtos e informa os principais atributos de qualidade do produto.

No Brasil um exemplo de sistema de rastreabilidade na indústria láctea foi desenvolvido pela Cooperativa Central Oeste Catarinense (Coopercentral Aurora/Aurora Alimentos) para o leite UHT e denominado Produto Aurora Rastreado – P.A R.

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Fonte: www.auroraalimentos.com.br

A rastreabilidade é uma ação estratégica que melhora a qualidade do produto que chega à mesa do consumidor. A metodologia requer análise permanente do leite, além da identificação da origem do produto. Por meio da rastreabilidade, o consumidor pode identificar a data de produção, unidade de processamento, validade, início e fim da produção, cooperativas fornecedoras do leite, análise de qualidade da matéria-prima e tabela nutricional. As informações podem ser conferidas na página do laticínio na internet. Basta informar o código impresso na caixinha de leite.

O sistema de rastreabilidade ativa permite rapidez de segundos na detecção de problemas de qualidade, maior controle da segurança do alimento pelo código de dez dígitos, facilidade de retirada do lote defeituoso dos pontos de venda pela precisão do controle, facilidade de interface com os consumidores, que acessam informações on-line do produto.

Bibliografia:

MARTINS, F. M.; LOPES, M. A. Rastreabilidade bovina no Brasil. Lavras:

UFLA, 2003. (Boletim Técnico, 55). Disponível em: http://www.editora.ufla.br/_adm/upload/boletim/bol_55.pdf. Acesso em: 19/11/2012.

RASTREABILIDADE: desafio e oportunidade que pode transformar o Chile em

potência agroalimentar mundial. Newsletter de Universia Knowledge, [São Paulo], 31 out. 2007. Disponível em: http://www.administradores.com.br/informe-se/informativo/rastreabilidade/12705/. Acesso em 19/11/2012

CONCHON, F. l; LOPES, M. A. Rastreabilidade e Segurança Alimentar. Lavras: UFLA, 2012. (Boletim Técnico, nº 91 – pag. 1-25). Disponível em http://www.editora.ufla.br/_adm/upload/boletim/bt_-_91.pdf. Acesso em 19/11/2012.

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